domingo, 1 de janeiro de 2012

Derrubando castelos

Certas coisas não tem explicação, principalmente as do coração. As vezes construímos castelos e para quem colocamos lá dentro deixamos apenas a desilusão; soa como mera ingratidão.
Repito, certas coisas não tem explicação, só obedecemos as ordens do coração; a razão tenta ajudar, dizendo: "Não, onde já se viu, quanto esforço e dedicação você vai deixar pra trás, e o que dizer de quem esperou em vão?". Então vem e determina o coração: "Se eu não mais estiver naquele castelo, não bastará o bom material e o tempo de construção. Quem lá dentro está nunca estará seguro, e sentirá constantemente o frio que passa pelas portas abertas pela dúvida, e o construtor será condenado pela falta de atenção.". Este último é quem dá vida a qualquer castelo, a qualquer casebre, a qualquer pedaço de chão. Com ele construímos, sem tijolos, uma fortaleza, mas sem ele qualquer esforço é em vão. Porque ele de repente se vai? Não sei, ele nunca me deu explicação.
Sinceras desculpas a quem esperou em vão. Acredite, não foi ingratidão, foi o cuidado para que não ficasse em uma construção insegura. Pior seria mantê-la em um castelo construído sobre a dúvida, que nunca foi bom material para fundação.

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